quinta-feira, 27 de maio de 2010

quinta-feira, 18 de março de 2010

terça-feira, 2 de março de 2010

Evolução da Bandeira de Portugal




Trabalho realizado por 10º F

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A senha da revolução de 5 de Outubro de 1910




Mandou-me procurar?
Passe, cidadão!



No dia 1 de Outubro a Comissão de Resistência é informada pelos marinheiros e praças dos regimentos que os navios se aprontavam para partir no dia 4 de Outubro e solicitam que se dê início imediato à revolta. No dia 2 de Outubro, Cândido dos Reis, Machado Santos e oficiais da marinha acordam no escritório do advogado Eusébio Leão, iniciar a revolução à 1 hora do dia 4 de Outubro de 1910.
Nesse mesmo dia 2 de Outubro à noite a Comissão de Resistência reuniu-se no Centro de S. Carlos, e ficou definitivamente resolvido que a revolta se iniciasse no dia 4 de Outubro à uma da madrugada.
A esta reunião assistiu o Dr. António José de Almeida. Machado Santos sai desta e procura encontrar marinheiros da sua confiança, tendo encontrado Carlos Cadete do navio Adamastor a quem entregou as bandeiras republicanas, que deveriam ser hasteadas nos navios, tendo este avisado igualmente o navio S. Rafael.
No dia 3 de Outubro é contactada a Artilharia 1 e Infantaria 16. Neste mesmo, os elementos civis são avisados do dia e hora marcados para a revolução. Não existiam mais sinais, os quais tinham levado ao fracasso do 28 de Janeiro de 1908. Existia uma hora e uma data, em que todas as forças se deveriam sublevar. Nesse mesmo dia dá-se o atentado contra Miguel Bombarda perpetrado por um doente mental e que o viria a matar.
Cabia a Miguel Bombarda coordenar os grupos de civis e ainda comandar aquele que procederia ao levantamento de Artilharia 1. Já no leito da morte, teve ainda tempo de passar o seu testemunho e a sua missão a Brito Camacho. Nesse mesmo dia o Almirante Cândido dos Reis, presente no Centro S. Carlos, transmite a todas as forças a senha da revolução que era a seguinte:

Mandou-me procurar?
Passe cidadão!

Nessa reunião o Almirante despede-se de Machado Santos, dizendo-lhe que era possível que não se voltassem a encontrar. Machado Santos encarregue de sublevar e comandar Infantaria 16, dá ordens para que um grupo de sessenta homens armados se dirigisse à porta de armas à meia-noite e quarenta e cinco minutos do dia 4 de Outubro de 1910, para que esta fosse aberta e então se procedesse ao levantamento das casernas.

Programa das Comemorações




Programa das Comemorações da Escola Secundária de Oliveira do Hospital






MANDOU-ME PROCURAR?


1. Constituição de uma comissão escolar responsável pela coordenação e monitorização dos diversos eventos comemorativos aqui propostos e que poderá ser preferencialmente constituída por 6 a 9 elementos: 4/6 professores (um dos quais deverá ser o professor responsável pela biblioteca da escola) e 2/3 alunos.

2. Concepção de um cartaz criativo alusivo a estas comemorações celebradas pela escola e que deverá ser afixado em todos os blocos do recinto escolar e exibido no Site da escola e na comunidade.

3. Exposição prolongada na biblioteca da escola, a qual deverá integrar uma cronologia descritiva, personalidades, governos, programas, bibliografia, bandeira e hino, periódicos, artefactos e iconografia da República. Para angariar material de suporte para esta exposição deverão ser oportunamente contactadas as seguintes entidades: Assembleia da República, Bibiloteca-Museu da República e Resistência, Museu da Presidência da República e Fundação Mário Soares.

4. Ciclo de conferências, debates e apresentações de livros. Para cumprir este programa poderão, por exemplo, ser contactados, entre outros, os seguintes conferencistas: Amadeu Carvalho Homem (propaganda republicana na fase final da monarquia constitucional), Miguel Dias Santos (Sidónio Pais e Sidonismo), Renato Nunes (Miguel Torga ou Aquilino Ribeiro), Luís Reis Torgal (António José de Almeida), Glória Vaz Patto (A monarquia de Avô), António Campos (Fernando Vale e os valores republicanos ontem e hoje), um elemento da Associação República/Laicidade ou Vítor Neto (Laicismo e Lei da Separação do Estado das Igrejas), Lina Madeira (Alberto da Veiga Simões ou Aristides de Sousa Mendes), Alexandre Ramires (I República e fotografia), Augusto Monteiro (Os manuais escolares da I República), Rui Cascão (a sociabilidade na I República), António Arnaut (A maçonaria e a I República), etc. Este ciclo de comunicações e debates poderão versar ainda sobre outros temas de carácter interdisciplinar relacionados com o republicanismo e/ou a sua época, a saber: a teoria evolucionista de C. Darwin, o positivismo de A. Comte, o(s) modernismo(s), a teoria da relatividade de A. Einstein, a psicanálise de S. Freud, a emancipação da mulher e os movimentos feministas, o cinema, etc.


5. “A República no meu Concelho”: recolha de histórias e memórias (fonográficas e escritas), bem como reproduções de fotografias sobre o tempo da I República num Concelho cujo feriado municipal — 7 de Outubro — recorda a recepção local da notícia e a consequente implantação da República. Por exemplo, inventariar e reproduzir eventuais periódicos locais coevos da I República, registar os cidadãos do concelho que participaram na I Guerra Mundial e recordar as suas memórias que porventura se perpetuaram nas gerações posteriores; inventariar os edifícios públicos e privados construídos no concelho entre 1910 e 1926 (por exemplo, escolas, memoriais aos combatentes da I Guerra Mundial, jazigos e mausoléus de soldados do CEP, etc.). Esta iniciativa deverá recorrer ao apoio técnico de Luís Antero, actual presidente da OHsXXI — Associação Cultural e Multimédia de Oliveira do Hospital.

6. Concepção e publicação de textos alusivos ao tema num periódico da escola que poderia ser a revista Ipsis Verbis, a qual retomaria assim a sua publicação depois de dois anos de interregno, ou em colaboração com o jornal Correio da Beira Serra e/ou o Boletim Cultural da OHSXXI. Os responsáveis pelos textos seriam alunos, professores e/ou outras pessoas convidadas. Muitos dos textos poderiam resultar do lançamento de um concurso literário de contos subordinado aos temas “A República nunca existiu” (ensino secundário) ou “Se eu fosse presidente da República” ou ainda “Oliveira do Hospital na época da I República” (3.º ciclo do ensino básico), bem como de um concurso de artes plásticas — eventualmente de pintura, caricatura e/ou BD — sobre o tema “A I República e os ideais do republicanismo ontem e hoje”. Os alunos vencedores receberiam um certificado do prémio “Centenário da República” e livros científicos, didácticos e literários alusivos ao tema.

7. Atribuição às artérias da escola de nomes de personalidades locais já falecidas e também de personalidades de militância republicana (por exemplo, Brás Garcia de Mascarenhas, António Garcia de Vasconcelos, César Oliveira, Manuel Cid Teles, ou então Afonso Costa, António José de Almeida, Egas Moniz, Miguel Bombarda, António Sérgio, Aquilino Ribeiro…). Esta iniciativa deverá decorrer de breves estudos prévios feitos pelos alunos que podem culminar na produção de pequenos textos evocativos e na exibição junto das salas de aula de placas identificativas contendo o nome, datas de nascimento e morte e uma sinopse sobre a acção e obra das personalidades evocadas.

8. Visitas de estudo à Assembleia da República e a Museus alusivos à república e/ou às suas personalidades, a saber: Museu da Presidência da República, Casa Museu/Centro Cultural João Soares (Cortes), Casa Museu Egas Moniz (Avanca), Museu Maçónico Português (Lisboa), Casa Museu de José Relvas (Alpiarça), etc.

9. Selecção, recolha e exibição de filmes e documentários alusivos ao tema Por exemplo, os documentários Crónicas do Século (SIC), O homem que matou Sidónio País, ou os filmes de ficção Equador, O milagre segundo Salomé, O Regicídio, etc.
10. O grupo de teatro da escola poderá ensaiar e fazer subir ao palco, no final do ano lectivo, pelo menos uma peça de teatro cujo argumento original ou adaptado reflectisse directa ou indirectamente a temática evocada. Neste âmbito poderiam ser exploradas temáticas como o regicídio, a revolução de 5 de Outubro de 1910, o Estado Novo salazarista e marcelista e/ou a revolução de 25 de Abril de 1974.

11. Desfile sobre trajos e personalidades da I República. Este evento poderia decorrer de um estudo das revistas Ilustração Portuguesa e Modas e Bordados e da obra de divulgação da autoria de Joaquim Vieira, Crónica em Imagem, volumes I, II e III (1900-1930), Círculo de Leitores, e constaria de um desfile protagonizado pelos alunos de vestuário urbano e rural usado pelos diversos sectores sociais no tempo da I República, assim como da caracterização de personalidades políticas e culturais de referência da época. O desfile seria cenicamente enquadrado por iconografia e filmes alusivos à época.

Este projecto cívico ambicioso e de essência interdisciplinar deverá constituir um desígnio de toda a escola, não podendo, por isso, esgotar-se apenas na participação exclusiva de um Departamento. Por conseguinte, o seu aperfeiçoamento, concepção final e execução deverão, evidentemente, resultar da aprovação, empenho e concentração de sinergias do Director da escola e da sua equipa directiva, do Conselho Geral, do Conselho Pedagógico e dos professores dos diversos Departamentos Curriculares e Clubes da escola. A futura comissão coordenadora deste trabalho deverá ainda solicitar a colaboração mais ou menos sistemática de entidades como a Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República (CNCCR), a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, a OHSXXI e/ou outras associações culturais concelhias, a Assembleia da República, a Fundação Mário Soares, o Museu da Presidência da República, a Biblioteca-Museu da República e da Resistência, o Centro de Estudos Interdisciplinares do século XX da Universidade de Coimbra (CEIS20) e a ALTERNATIVA — Associação Cultural para o Desenvolvimento do Ser Humano.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Centenário da revolução de 5 de Outubro

Em 2010 comemora-se o primeiro centenário da revolução de 5 de Outubro que fundou a República em Portugal. A Assembleia da República está a projectar um ambicioso programa comemorativo nacional inspirado nos bicentenários da independência dos EUA (1976) e da revolução Francesa (1989), assim como nas comemorações dos Descobrimentos Portugueses e do 25 de Abril.
A Direcção da Escola considera de grande importância a participação, de forma activa e didáctica, nas comemorações desta data que, inclusive, determinou o feriado cívico municipal — a proclamação da República em Oliveira do Hospital, a 7 de Outubro de 1910. Para isso propõe que a escola incremente, ao longo dos próximos dois anos lectivos (2009/10 e 2010/11), um conjunto de eventos cívicos evocativos e celebrativos deste importante mas também controverso momento da história nacional, porquanto, não obstante as suas adversidades e paradoxos, a I República significou um avanço na luta pela liberdade e pela cidadania. Com efeito, foi sobretudo este regime que reformou e inovou o país, por exemplo, nos domínios da liberdade e da igualdade política, da laicidade do Estado, da legislação da família, da prioridade à instrução e combate à iliteracia, dos direitos laborais e sociais, da autonomia do poder local — reformas estas que, com os seus avanços e recuos, se projectaram na III República instaurada com a revolução de 25 de Abril de 1974.